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O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a photo livres_et_plume_zps6304ebd5.jpg fingir

que é dor
A dor que deveras sente.

                                                                       Fernando Pessoa

 

 

JESUS E MARIA TÊM MORADA NESTE SITE ABENÇOADOS SEJAM AQUELES QUE NÃO OS NEGAM....

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ELE PODERIA JAMAIS DEIXAR O SEU TRONO DE REI, MAS SE FEZ UM DE NÓS PARA NOS DAR A LUZ, FOI O SEU IMENSURÁVEL AMOR, AGORA EU SEI, E NÃO OS PREGOS QUE O SEGURARAM NA CRUZ!

 

Lidia Vasconselos

 

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A NANDINHA E O SAPO
A NANDINHA E O SAPO

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                                                             A Nandinha e o sapo



Era uma vez uma menina loirinha que todos chamavam Nandinha. Ela era toda meiguinha e dos seus olhos azuis aos seus labios vermelhos seu rosto era uma beleza que todos glorificavam.

Mas como toda a gente sabe, nimguem é perfeito de todo e a Nandinha não fazia excepção a regra. Ela morava numa grande casa que mais parecia um palacio e estava ladeada de muitas damas para a servirem. E de facto ela dava trabalho a todas elas e não as deixava descansar um momento. Ela procurava sempre qualquer coisa para fazer, porque a coisa que lhe aborrecia mais era de estar sem fazer nada, e então como era demasiada imaginativa ela sempre arranjava algo interessante e nem sequer se preocupava se era bom ou mal..

Em primeiro vinham as malandrices em casa, estilo, entrar na cozinha e abrir um frasco qualquer de doce e por-lhe a rosca de novo sem a apertar, e então ela depois se escondia num sitio de onde ela podia assistir ao espectaculo. E assim acontecia o que devia de acontecer, uma dama entrava na cozinha via o frasco pegava nele para o arrumar e ficava com os sapatos cheios de doce e de vidros quando ele se quebrava no chão. Logo ela saia do seu esconderijo e se erguia com arrogancia em frente da dama que de rosto corado e ajoelhada no chão limpava o doce e os vidros um a um. Ao fim a Nandinha retirava-se e a dama deitava-se a chorar para espalhar os nervos. E de uma a uma todas elas passavam o dia a rezar para que nada estivesse escondido debaixo de qualquer coisa que elas tivessem de tocar.

Isto era so para explicar como era a Nandinha. Ela pensava que era mais importante do que tudo nesta nossa terra, o resto da historia vai-lhe ensinar o contrario.

Entao depois de ter passado a manhã a fazer delas, o meio-dia chegou e depois da refeição uma dama acompanhou-a ao seu quarto. Logo assim que a dama saiu depois de a ter deixado na sua caminha a Nandinha se levantou e em bicos de pés, saiu do seu quarto e correu até ao jardim.

O jardim da casa da Nandinha era espectacular, cheio de verduras, de flores e de fontanarios de onde corriam as aguas que se encontravam em pequenos lagos. Era o paraiso dos passarinhos, das abelhas e outros animais mais pequeninos tais como as rãs, os esquilos, e mesmo de noite uma coruja là ia cantar a sua canção nocturna. Um dos lagos de agua era maior e prolongava-se atè a um pequeno bosque.

Tanto os pais da Nandinha como as damas que tinham recebido as ordens das senhorias, lhe tinham proibido de entrar em tal bosque porque era muito perigoso.

Mas, como todos ja adivinhavam, isso não importava a Nandinha porque o que era proibido fazia parte de tudo o que ela adorava. E entao, ela saiu do seu quarto e em apenas alguns minutos estava a entrada do bosque.

Vestida com um lindo vestido e sapatinhos brancos, seus cabelos loirinhos enrolados em caracois atados com fitas da mesma ceda que o seu vestido, ela tinha tudo de uma princesa.

Logo a entrada do bosque haviam arvores gigantescas que assombravam o caminho da floresta traçado entre elas pelas mãos de algum arquitecto florestal.

Durante alguns segundos, ainda teve algum arrependimento porque ela deu uma olhada por cima do seu ombro. Não, não devia ser arrependimento, esse gesto foi mesmo so para espreitar se alguem a tinha seguido e poucos segundos depois ela metia-se a caminho.

Como ela ia andando, ela so deixava sair da sua boca exclamações de surpresa. Espantada quando encarava uma flor que ela não conhecia, ela logo a arrancava e a deixava morrer no chão como outra lhe aparecia e lhe fazia igual. E foi assim pouco a pouco que ela chegou em frente de um grande lago.

O Lago era tão espaçoso que ela nem conseguia ver o outro lado. Ali tambem haviam flores e arvores e um caminho que o rodeava de todo lado. E neste mesmo momento os raios de sol que batiam na agua faziam-no parecer um prato cheio de ouro. Era uma maravilha. E la foi a Nandinha pelo caminho. Suas mãos, vazias de tudo o que ela tinha descoberto pelo caminho testemunhava a destruição de flores que ela deixava para tras.  Ela foi andando, andando até que chegou a um sitio. Ali, o caminho se alargava onde estava colocado um banco em madeira grossa. Ela ali parou para dar uma olhada e como nada teve graça para os seus olhos, ela ia continuando o seu caminho quando uma voz surgiu do lado do banco. Espantada, ela virou-se e deixou o seu olhar correr por todo lado a procura de onde tinha vindo a voz. Como não via nada ela encolheu os ombros e continuou o caminho, quando a voz se fez de novo ouvir.

- Olà menina? Que anda a fazer?

A Nandinha não conseguia ver nada e perguntou. photo images_zps9ce20c5e.jpg

- Mas, quem fala? Quem é você?

- Pois, você olha muito para cima, dizia a voz. Olhe aqui.

Com os olhos bem abertos , a Nandinha olhava para todos os lados e começava por sentir medo.

- Aqui onde?

- Aqui, no banco, respondia de novo a voz. Estou sentado no banco.

- No banco? Dizia ela espantada. Mas no banco so la vejo um sapo.

 - Pois sou eu. O sapo.

Durante um instante a Nandinha ficou sem voz até que deu uma gargalhada.

- Ah! sim ta bém! Ja entendi, você esta escondido e esta a fazer ver que é o sapo que esta a falar.

E a Nandinha continuava a rir e ria-se tanto que ja quase não podia respirar. Ao vê-la assim o sapo ficou preocupado e coaxou tão alto e tão feio que a Nandinha assustada logo parou de rir.

- Acautele-se menina que rir assim pode ser perigoso.

- Não tenho medo, mas, quem é você? Onde esta? Insistia a Nandinha.

Ao mesmo instante do sapo sai uma grande lingua para agarrar uma mosca que voava a volta dele e da um salto para o meio do banco. Ao ver isso a Nandinha da um passo para tras.

- A menina é teimosa. Ja lhe disse que era eu que estava a falar. Sou eu o sapo.

- Não é possivel, um sapo não pode falar.

- Então se um sapo não fala porque é que estou a falar? Olhe desculpe mas tenho fome e vejo aqui moscas gordinhas para meu jantar.

E o sapo saltou de novo, mas, desta vez ele saltou para mais longe e parou aos pés da Nandinha que deu outro passo para tras. Sem se preocupar mais dela o sapo saltou de novo e a Nandinha segui-o a correr.

- Não salte tão longe, não consigo segui-lo... Sapo..O sapo!

Foi assim que a Nandinha correu atras do sapo. Ela corria, corria, e de vez enquando parava pensando que tinha perdido o sapo e continuava assim que o achava. Depois de tanto correr ela começava por estar cansada e parou.

- Você vai muito depressa. Espere que eu estou cansada.

Ouvindo o seu pedido, o sapo parou tambem e saltou para ao pé dela.

- Então repousa-se, temos tempo. Quer se sentar ali naquela pedra?

- Quero, diz ela e se sentou

Depois de ter recuperado o fôlego a Nandinha olhou para o sapo que de inicio era feio, mas, de perto era ainda mais horrivel com sua pele granulosa e sua cor amarelo-esverdeado, ele

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não tinha nada mas mesmo nada para agradar uma menina como ela. O sapo sentiu os olhos da miuda sobre ele e olhou para ela.

- A menina esta repousada?

- Sim estou, responde ela rapido demais. Mas, podemos ficar aqui um bocadinho ainda?

O sapo coaxou e sorriu.

- Pois sim, podemos. Então a menina não me quer dizer o que andava a fazer e

aonde ia.

- Eu, responde ela. Andava a passear e não sei aonde ia porque não conheço o bosque. De facto meus pais não querem que eu venha para aqui. Dizem que é perigoso.

- Teus pais têm toda a razão, diz o sapo assinalando com a cabeça. E muito perigoso ir para caminhos desconhecidos, ainda mais para uma menina tão linda como você. Ao ouvir estas palavras a Nandinha ficou toda vaidosa e sorriu.

- Mas, eu gosto das coisas perigosas e estava aborrecida de estar sempre em casa.

- Porquê, não tens brinquedos? Pergunta ele com uma voz doce.

- Sim tenho, mas, são sempre os mesmos. E meus pais nunca estão em casa.

- E não ha la mais ninguem para fazer companhia? Continuava o sapo.

- Sim as minhas damas e o jardineiro, mas eles não sabem brincar comigo.

- Não sabem, ou não têm tempo?

As palavras do sapo deixaram a Nandinha pensativa.

- Acho que não têm tempo. A minha casa é grande e da trabalho.

- Pois, diz o sapo. Assim tu vês-te sozinha e fazes malandrices.

- E mas, não são malandrices maldosas é so para brincar.

Depois de estas palavras entre os dois amigos improvisados um pequeno silencio se estabeleceu, que o sapo pouco depois interrompeu.

- Pareces ser uma menina muito solitaria. Eu tambem sou sozinho, ninguem me ama.

- E porque não? Pergunta a Nandinha.

- Menina se olhasse bem para mim ja não precisava perguntar. Sou tão feio. Que toda

a gente grita quando me vêem.

- Entao estas sempre sozinho. Que vida tão triste, suspira a Nandinha.

- Bom vamos la ver, estavamos tão animados, não vamos agora cair numa grande tristeza? Päreces estar repousada, podiamos continuar a passear.

Ao ouvir estas palavras a Nandinha levantou-se logo.

- Sim vamos!

Apenas ela acabava de falar o sapo ja tinha dado um salto e ela corria atras dele. Ele la ia na frente agarrando uma mosca de vez enquando e a Nandinha apanhava flores e ao fim de um certo tempo ela ja la tinha um ramo magnifico. Foi assim que chegaram a um sitio onde ela pediu ao sapo se podiam fazer mais uma pequena pau photo frog_zpsd48d1d74.gifsa.

- Podemos pois, diz ele. Olha ali naquelas rochas podes la sentar-te enquanto eu agarro mais algumas moscas. Assin entendido entre os dois cada um fez o que tinha a fazer. O sapo foi saltando agarrando moscas e a Nandinha sentou-se numa rocha, pousou as flores ao lado dela e puxou por uma, depois, outra e outra e outra. No final nas mãos dela ficava a mais linda coroa que um rei podia ter. O tempo tinha passado e a Nandinha começava a sentir fome, erguendo-se ela chama o sapo.

- Sapo? Onde esta? Tenho fome. Tenho que ir para casa.

- Estou aqui a teu lado.

- Ah! Que bom. Diz ela escondendo suas mãos detras das costas.

O sapo viu e perguntou.

- O que estas a esconder?

- Uma prenda, responde a Nandinha.

- Ai! Que lindo pensamento. E para tua mãezinha? Ou teu paizinho?

- Não, é para você.

- Para mim, pergunta o sapo com um ar surpreendido.

E sem lhe responder a Nandinha deu dois passos para frente e pousou a coroa de flores na cabeça do sapo.

- Ai! Que liiiiiinnnnddddddooo!! Exclamou ela.

- Verdade? Sou lindo?

- Es mesmo,Lindissimo, acrescentou a Nandinha batendo as palmas.Foi assim que o sapo se pos a saltar de contente. Ele saltava, saltava e a Nandinharia-se, e foi tanto e tão pouco que o sapo deu um salto mais alto caiu nos braços da Nandinha e olhava para ela com seus olhos grandes abertos. Espantado o sapo não a deixava de olhar nos olhos e ja os baixava pensando que ia perder a amiga que ele tinha tanto esperado. Mas, o espanto ainda foi mais grande quando ele sentiu sobre sua cabecinha a doçura dos labios da Nandinha e logo depois em seguida a coroa de flores.

- Sapo queres ir para minha casa?

- Eu? Pergunta o sapo.

- Sim você pois! A quem é que eu estou a falar?

- Então, diz ele. Ja não me pergunta quem fala por mim? Ja não tens duvida que sou eu.

- Não, responde a Nandinha, acho que sempre soube.

- Então vamos andando.

E foi assim que a Nandinha e o sapo foram para casa. Poisado num ombro da Nandinha o sapo com a coroa colocada na sua cabeça sorria. Sim, sim ele ia a sorrir, porque a Nandinha disse-lhe que em casa dela havia la lagos de agua aonde ele ia poder nadar e agarrar todas as moscas que ele desejava. A Nandinha tambem sorria, e seu coração lhe dizia que ja não seria preciso fazer malandrices para que alguem se apercebe-se de sua presença. Ela tinha um amigo que era o mais lindo que ela tinha tido na sua pequena vida.

E assim foram muito felizes.





                                                                 FIM

Gabriela da Fonseca